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PMs são condenados em caso de agressão e perseguição contra jornalista em MS

Maior pena é de um ano, em regime aberto. Policiais foram condenados pelos crimes de constrangimento ilegal e violação de domicílio. Jornalista é agredido ...

PMs são condenados em caso de agressão e perseguição contra jornalista em MS
PMs são condenados em caso de agressão e perseguição contra jornalista em MS (Foto: Reprodução)

Maior pena é de um ano, em regime aberto. Policiais foram condenados pelos crimes de constrangimento ilegal e violação de domicílio. Jornalista é agredido por policiais militares em Nova Andradina A Justiça Militar condenou quatro policiais militares envolvidos no caso que apurava a agressão e perseguição contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, em Nova Andradina (MS). O caso ocorreu no dia 2 de junho de 2023. A decisão mais recente foi proferida pelo juiz Alexandre Antunes da Silva. Os quatro policiais foram condenados por constrangimento ilegal. Apenas um dos militares também vai responder pelo crime de invasão de domicílio. Esta é a segundo decisão da Justiça Militar, divulgada na quarta-feira (26). No dia 11 de junho, o grupo havia sido absolvido das acusações de prevaricação e identidade ideológica. As penas dos policiais militares foram diferentes. Veja abaixo: José Dos Santos de Moraes, Elizeu Teixeira Neves e Marco Aurélio Nunes Pereira: vão responder pelos crimes de constrangimento ilegal praticado por mais de três pessoas, com abuso de autoridade e lesão corporal leve. Os três militares receberam nove meses de pena em regime aberto, convertidos em prestação de serviço comunitário por dois anos; Luiz Antônio Graciano de Oliveira Júnior: o militar vai responder por constrangimento ilegal praticado por mais de três pessoas, com abuso de autoridade, lesão corporal e violação de domicílio. A condenação foi de um ano em regime aberto. Jornalista agredido em Nova Andradina Jornalista é agredido por policiais militares. Câmeras de segurança/Reprodução Quatro policiais militares perseguiram e agrediram o jornalista Sandro Almeida de Araújo. Tudo foi filmado por câmeras de segurança. Assista ao vídeo no início desta reportagem. No dia da agressão, um dos suspeitos estava de folga e outro afastado do trabalho por atestado médico, de acordo com o secretário estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira. Em contato com o g1, o jornalista disse que foi enforcado e agredido pelos quatro policiais. No vídeo é possível ver que os agressores chegam em dois carros, um é estacionado na via de forma incorreta, e partem para cima de Sandro. Segundo o jornalista, os homens não se identificaram como policiais e não apresentaram mandados de busca ou intimação. "Fui perseguido no meio da rua. Quando percebi que estava sendo perseguido, corri com o carro para frente de casa, já pensando que as câmeras iriam filmar. Quando vi um cara descendo do carro, não reconheci, o segundo eu reconheci e vi que era policial militar de Nova Andradina", detalhou o jornalista. Os filhos de Sandro, que estavam dormindo, foram acordados pelo barulho alto e viram o pai sendo agredido. De acordo com o jornalista, e como é possível ver no vídeo das câmeras de segurança, pelo menos um dos policiais estava armado. Sandro detalha que ficou sem ar ao ser mobilizado pelos suspeitos. "Comecei a falar que tenho pressão alta e que não estava bem, os homens pararam de me enforcar. Os homens disseram que queriam revistar meu carro, mesmo sem nenhum tipo de mandado, eu deixei. Eles revistaram meu carro, não acharam nada. Depois da revista eu entrei na minha casa, tomei um remédio para me acalmar, voltei para o portão e os homens tinham ido embora". O jornalista disse que não entendeu um motivo para as agressões. Entretanto, acredita que tenha sido agredido pela atuação na cobertura de segurança pública em Nova Andradina. "Eu costumo a cobrir a parte de segurança pública na cidade, informar sobre falhas. Alguns policiais pediam para eu revelar minhas fontes, mas não revelava. Acredito que tenha sido agredido pela minha atuação". Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: