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Após morte de grávida, investigação apreende 750 litros de agrotóxicos em terras indígenas de MS

Fiscalização foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), após a morte de uma mulher indígena, de 32 anos, na aldeia Jaguapiru. Foram aplicadas m...

Após morte de grávida, investigação apreende 750 litros de agrotóxicos em terras indígenas de MS
Após morte de grávida, investigação apreende 750 litros de agrotóxicos em terras indígenas de MS (Foto: Reprodução)

Fiscalização foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), após a morte de uma mulher indígena, de 32 anos, na aldeia Jaguapiru. Foram aplicadas mais de R$ 1 milhão em multas, com apreensões de 750 litros de agrotóxicos vencidos MPF/Divulgação Uma ação em aldeias indígenas de Mato Grosso do Sul apreendeu 750 litros de agrotóxicos vencidos e aplicou mais de R$ 1 milhão em multas no mês de junho. A fiscalização foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF), após a morte de uma mulher indígena, que estava grávida, na aldeia Jaguapiru. A ação contou com quatro dias de fiscalização, nas terras indígenas Jaguapiru, Panambizinho e Guyraroká, localizadas nos municípios de Dourados e Caarapó. As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (1°), pelo MPF. De acordo com a investigação, órgãos de fiscalização ambiental apreenderam agrotóxicos vencidos, que estariam contaminando as terras indígenas Jaguapiru, Panambizinho e Guyraroká. Segundo o MPF, a ação de fiscalização ocorreu após à morte de uma indígena e os membros da família terem passando mal, depois que um proprietário rural teria aplicado veneno em uma propriedade vizinha à aldeia. A mulher foi hospitalizada em março deste ano e morreu cerca de 24h depois. Agrotóxicos apreendidos durante a ação MPF/Divulgação No pedido feito as entidades, foi destacado que a fiscalização é necessária diante ao uso de produtos tóxicos no plantio de lavouras comerciais nas terras indígenas, como a soja e milho, com impacto a saúde das comunidades. Em nota, o MPF informou que há registros que os produtos agrícolas usados são comprados sem receitas agronômicas ou por meio de contrabando do Paraguai. No segundo semestre, o trabalho será repetido, informou o Ministério Público Federal, “para monitorar o cumprimento das notificações emitidas em razão das irregularidades constatadas”. Participaram da ação os seguintes órgãos: Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), pela Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), pela Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro/MS), com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Órgãos ambientais e indígenas realizaram uma ação de conscientização e monitoramento sobre o uso de agrotóxicos em plantios comerciais nas proximidades das aldeias Jaguapiru, Panambizinho e Guyraroká MPF/Divulgação *Estagiária sob supervisão de Rafaela Moreira Veja vídeos de Mato Grosso do Sul: